terça-feira, 29 de abril de 2014

Cuba - PARTE 3

Cuba, Parte III

Misturei o primeiro dia com o ultimo né?
Hihi, Eu falei que eu nao tava conseguindo traduzir em palavras os pensamentos soltos e tantos que tenho dessa viagem…Por favor, tenham paciencia! J
Voltando ao passeio…só para voces saberem (depois vejam o video das fotos) a primeira impressao que tive (depois tive outras – a gente vai se acostumando e o que viu da primeira vez já nao é a mesma coisa) era que Havana tinha tudo para ser linda, mas era tudo feio. As arquiteturas abandonadas, velhas…lembrei daquelas cidades que a gente vë em filmes, sabe? Cidade fantasma, construçoes abandonadas, carros antigos, velhos. Parado.
Cuba tem seus encantos. Entre Havana há ruazinhas cheias de turistas de todo o mundo. Essas ruazinhas lembram aquelas ruazinhas da Italia…Parei na janela de um restaurante e fiquei observando, escutando a música linda que eles estavam tocando, e logo ali, as lagrimas comecaram. Lá estava eu chorando por pensar nas pessoas que eu iria conhecer e que talvez eu nunca mais teria, veria…boba!
Nao quero mais falar das pedras mortas. Eu quero falar das pedras VIVAS…
Nesse dia conhecemos um pastor que mudou o roteiro da nossa viagem.
Ele tinha uma reuniao (que só soubemos mais tarde o que ela siginificava –falerei disso em outro momento) e nao pudemos saber quem ele era, QUEM ELE É! Ele estava na primeira posiçao de uma indicacao de varias igrejas à visitar. Fomos lá sem muitas pretensoes. Almocamos em sua casa, conhecemos rápidamente sua familia, alguns membros de sua igreja, a igreja…Eu tinha alguns nomes de crentes e cidades para conhecer. Pinar del Rio era o nome de um lugar onde eu teria que entregar uma encomenda; Las Tunas era onde eu tinha que encontrar um certo amigo de uma amiga. Pois bem, eu conto e você se encarega de ver Papai entrelaçando tudo tá? J.
Em Pinar del Rio morava os pais da esposa do Pastor onde estavamos almocando, e em las Tunas estava a familia do Pastor. O rapaz que eu tinha que conhecer por amor à minha amiga carioca, era da familia do pastor (eles ligaram para o rapaz e pude falar com ele, já sabendo que seria imposible ir visitá-lo). Pinar del Río foi o lugar mais devastado pelo furacao. Ninguem vai para lá. Turista que é turista vai para Viñales ver as cavernas, as montanhas e blá blá blá…Las Tunas ficava a nove horas de Havana (veja no Mapa). Meu companheiro de viagem achou melhor nao nos comprometermos com nenhuma das duas. Era muito cedo para ir a um lugar nao turisco e muito tempo para ir à Las Tunas…De qualquer forma eu peguei o endereco e telefone do pastor Salomón (de Pinar del Río) e do Juancito (en Las Tunas). E assim essas duas cidades ficaram num futuro longe de esperanças…
Foi curto o tempo na casa do Pastor Daniel. O vimos por minutos (por causa de sua reuniao). Durante o almoçoco conversamos com a cunhada do pastor Daniel sobre as algumas dificuldades que os cubanos tem, algunas histórias e fomos embora. Tivemos o convite do líder de louvor para irmos ver o ensaio deles no dia seguinte. Era uma igreja “grande” (para as proporçoes cubanas). Cheia de tecnologías, instrumentos, materiais…Eu brincava que era a Lagoinha de Cuba…
Aquela era uma igreja perseguida??? Era uma igreja que precisava de ajuda???
Tiramos varias fotos da igreja, as quais apagamos todas para evitar perguntas na hora de devolver a camera (ah, o dono da casa de aluguel, o Omar, nos emprestou uma)…
No dia seguinte fomos ao encontro de uma moça que conhecemos no onibus no dia anterior (ela nos ajudou a achar a rua da igreja) que tinha nos convidado para almocar na sua casa. Chegamos dez minutos atrasados (do tempo de tolerancia, hehe). Nao sei se ela foi, mas nesse dia nós andamos muito na volta para casa – ao cegar em casa eu coloquei meus pés na água quente e tinhamos ainda o convite do irmao- estavamos mortos. Hehehe, mas resolvemos orar, e na oracao meu irmao, minha irma, Deus falou conosco. Nao estavamos em Cuba para descansarmos, e desde esse dia foi exatamente isso que a gente NAO FEZ. A gente nao descansou, nao relaxou, nao perdeu uma só oportunidade. Fomos, chegamos minutos antes de eles entrarem na van e irem para a festa na casa de um dos membros do louvor. O cara toca muitooooo aquele instrumento que o Jö Soares acha que toca (aquele tamborzinho)! Era uma festa cheia de comes e bebes (dentro do que pode ser comes e bebes em cuba), sorvete…salsa! Eu aprendi a dancar SALSA!!! Salsa cubana é a melhor (putz!!!). Nesta noite eu conversei com a Marlene. Ela me contou que morava numa casa alugada juntamente com seu esposo e que agora teria que sair, por que estava vencendo o tempo. Nao poderiam continuar ali por que alugar casas em cuba é ilegal, e as pessoas só alugam por um tempo, para nao dar muito na vista. O esposo dela tem familia nos EUA e tem a possibilidade de ir morar lá. Conversei com ela sobre ”alem do horizonte existir um lugar, bonito e tranquilo”. Choramos juntas. Se valeu o dia foi por poder olhar para essa irma (todo mundo tava fazendo alguma coisa, jogando video game, jogando dominó, dancando, conversando…) e dizer: “Estamos aquí por que amamos você. Se você nao pode ir até nós, entao nós viremos até você. Nada mais importa na nossa viagem se nao amar e estar com voces…”. Essa seria uma frase muito usada a partir dali.
Continuamos conversando, dancando, jogando…
Aqueles eram irmao perseguidos? Aquela igreja “merecía” alguma ajuda financeira?
Hipocritas!
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